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Participação dos Estudantes do Mestrado de Administração Educacional e Regulação da Educação no Festival “Terras Sem Sombra” em Beja e Rio Guadiana, em 17 e 18 de Junho de 2017
Foi um fim de semana interdisciplinar (tarde de sábado com temas históricos, noite de sábado com concerto, manhã de domingo com passeio ecológico).
Uma organização inovadora com que futuros dirigentes educacionais têm muito a aprender. Na tarde de sábado, depois de uma breve referência à história do castelo, o diretor do festival José António Falcão convidou os partipantes a descerem várias ruas com elementos judaicos e sobretudo árabes que fazem de Beja uma “Sevilha alentejana”.
E chegámos ao Colégio dos Jesuítas em que Falcão fez referência a uma estrutura arquitetónica do séc XVII, em estilo barroco mas procurando ser sobretudo funcional e por isso bem planificada para permitir realizar obras de futuro, quando necessárias.
No interior, Falcão fez uma caraterização do método de ensino dos Jesuítas em que destacaria dois planos: debater o que é baseado na experiência; aceitar sem discutir o que vem da teologia. A vertente experiencial permitiria que a ordem jesuíta tivesse tido no seu seio grandes especialistas de várias áreas. Por outro lado, o método de ensino jesuíta possibilitaria, pela primeira vez, abranger grande número de alunos. Num terço do edifício está atualmente instalado o comando distrital da GNR. A restante parte do edifício está ao abandono, em avançado estado de degradação, após já ter sido utilizado por vários serviços e, por último, por um pólo de uma universidade privada.
À noite, na Catedral teria lugar o concerto com obras de Bach, interpretadas pelo Coro Gulbenkian e acompanhadas por órgão, violoncelo e viola de gamba.
No domingo, pelas 9 horas partimos para o Rio Guadiana. No percurso, observámos as plantações de oliveiras na sua maioria de gestão espanhola.
Depois deixámos o autocarro, e caminhámos a pé até ao Guadiana onde foi observada a qualidade da água e observados fortins e moinhos, alguns destes datados do séc. XVI e que funcionaram até finais do séc. XX.
Houve debates frequentes entre vários especialistas de diversas áreas, por exemplo, sobre a cultura do trigo e seu desaparecimento, terrenos propícios (“barro”), ou sobre lugares de sobreiral (sobreiros com solo não tratado) e de montado (sobreiros com solo aproveitado para pastorícia e outros fins).
O almoço foi oferta União das Freguesias de Salvada e Quintos. Almoço alentejano-andaluz (Gaspacho) com várias intervenções, uma delas do Prof. Fernando Pádua, prestigiado cardiologista. Almoço animado pelo coro de Cante “Os Moços da Aldeia”, de Cabeça Gorda.
Em suma, jornada a conciliar cultura e natureza, exemplo para as nossas escolas.